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Archive for the ‘Livros’ Category

Bem no fundo

no fundo, no fundo
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas,
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela – silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,

e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.


Toda Poesia
Paulo Leminski

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Minha edição ❤

O livro “O Grande Gatsby” de F. Scott Fitzgerald foi, segundo o Skoob, o meu 100º livro lido ♥

Ganhou 5 estrelinhas e ainda um favorito, porque é bom demais…

E agora meus dois trechos favoritos:

 “Ela me disse que era menina, então, virei a cabeça para o lado e chorei. ‘Tudo bem’, eu disse. ‘Fico contente que seja uma menina. E espero que ela seja uma tola. Essa é a melhor coisa que uma garota pode ser neste mundo, uma linda tolinha'”.

 

“Gatsby acreditou na luz verde, no orgiástico futuro que, ano após ano, recua diante de nós. Iludiu-nos antes, mas não faz mal, amanhã correremos mais velozes, estendendo os braços, mais além… E em uma bela manhã…
E assim avançamos, barcos contra corrente, incessantemente impelidos de voltar ao passado”.

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O blog Fio e Coberta me indicou essa tag (?)

Então aqui vão as regras:

  • Citar o nome e o link de quem te enviou
  • Indicar 2 livros (no mínimo) que leu em 2012 e gostou.
  • Listar 3 livros (no mínimo) que deseja ler em 2013.
  • Oferecer para 10 blogs e avisá-los.
  • Não esquecer do Selo no post.
  • Citar o nome e o link de quem te enviou.

Bem não vou citar 10 blogs, pois não conheço 10 blogs, hahaha, fiquem a vontade pra fazer sua listinha também 😉

 

  • Dos livros lidos em 2012, as dicas são as seguintes:

A culpa é das Estrelas – John Green

  Não poderia começar por outro, né? Ok, eu poderia, mas acho que esse foi um dos melhores de 2012, e como também vai virar filme… O qual eu espero do fundo do meu coraçãozinho que vire uma boa adaptação, daquelas que você lembra do livro a cada cena do filme, e não daquelas adaptações que você tem a impressão que leu o livro errado, ou entrou na sala errada do cinema.

Esse YA (Young Adult) foge da linha “bonitinha”, que todo mundo estava acostumado a ver nas estantes dos mais vendidos, aquelas de fantasia, onde a mocinha é linda e ela se apaixonada e toooooodo aquele velho blá blá blá. Eu sei que nesse também tem uma mocinha que se apaixona e blá blá blá, maaaaas meus caros, o contexto é diferente, nem tudo são flores, trata-se de uma menina com câncer (sem esperança de cura), que se apaixona por outro menino, que também não é 100% saudável… Gostei desse livro porque ele não é aquele velho mimimi, de tudo vai ficar bem, as coisas sempre se encaixam… Enfim, como já fiz uma resenha desse livro que está aqui, não vou mais falar sobre o livro 😉

A mulher de preto – Susan Hill

Esse da Susan Hill, eu indico pra quem gosta de um romance de suspense, daqueles que você não deve ser a noite. Sério, não leia A Mulher de Preto a noite, eu fiz essa besteira, o telefone fez um barulhinho normal, e eu quase me joguei do sofá, achando que a mulher do livro ia aparecer ou algo do tipo, foi um breve momento de pânico, daqueles que você acredita que as coisas do livro vão acontecer com você e logo em seguida você se toca de quão bobona foi. Normal, acontece. Enfim, uma dica pra quem viu o filme e quer/vai ler o livro: eles mudaram bastante coisa, não espere o mesmo final fofinho. O livro é bem mais assustador, acredite.

 

  • Os de 2013 que eu desejo ler:

Razão e Sensibilidade; Orgulho e Preconceito; Persuasão – Jane Austen

Eu comprei essa edição, porque depois de ler Emma, eu desenvolvi uma obsessão pela Jane Austen, li o Abadia de Nothanger e também adorei, entãooooo por que não comprar e ler todos os livros da mesma autora, hein?! Se você não tem uma leve obsessão por livro, sim, a palavra certa é mesmo obsessão, você vai me achar louca, porque talvez eu seja mesmo, mas os loucos são felizes em suas realidades, e eu sou feliz, já se você sofre também desse mal… :D, você sabe que sua lista de livros e os objetivos na sua vida andam juntos, né? ❤

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Instagram @fariasmonique

Instagram @fariasmonique

Este livro está na minha longa lista de livros favoritos, e pra variar, eu nunca escrevi nada aqui sobre ele, talvez porque eu goste bastante, ou talvez porque a “inspiração” desligue assim que faço o login no wordpress… De qualquer jeito, estava mexendo no meu instagram e vi essa foto da edição que eu tenho e antes que todas as ideias disparem mais rápido da minha cabeça do que o White Rabbit para hora do chá, eu decidi escrever algo a respeito.

A edição que eu tenho é de uma coleção de clássicos da Penguin, que buscou as primeiras edições, publicando-os com os desenhos originais, como esse do Alice que traz as ilustrações originais do próprio Lewis Carroll, além de conter a biografia do autor logo no inicio.

Confesso que li a biografia que está logo no começo do livro, quando terminei de ler os dois livros, nela descobri que Alice foi escrita por Charles Lutwidge Dodgson (que usou o pseudônimo de Lewis Carroll), para um menininha de uns 4 anos chamada Alice Liddell, por quem estava apaixonado, sim apaixonado. Há inúmeros relatos nessa breve biografia relatando a paixão de Carroll por menininhas antes de entrarem na puberdade, fase esta descrita pelo matemático de Oxford como uma fase estranha, na qual as meninas perdem sua beleza… Essa parte da história do autor é muitas vezes “esquecida”, deixada de lado, levando em consideração a importância desta obra não apenas para a literatura inglesa, mas como a literatura em geral, tendo sido adotado como um importante livro para o Surrealismo.

O livro todo segue a lógica de um sonho: não seguir lógica nenhuma. Assim como um sonho, os cenários vão murdando, mesmo que por completo, de maneira sútil. Mas a principal marca de Alice, partindo do meu ponto de vista, ok? São os poemas, canções e histórias ilógicas, os quais, diga-se de passagem que eram os favoritos do John Lennon. São essas histórias surreais e poemas, que nos fazem achar que estamos no mesmo sonho que Alice, um sonho infantil, ao mesmo tempo desesperador por estar em um lugar estranho, mas uma afeição estranha por criaturas irreais, como o Cheshire Cat.

Talvez seja por isso que eu goste tanto desse livro, a possibilidade apresentada de viver num mundo só seu, onde a lógica externa não importe, onde as regras fixas e imutáveis, sejam detalhes supérfluos, onde a eternidade possa durar apenas um segundo como dito pelo Crazy Hatter.

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Não quero escrever uma resenha propriamente dita sobre esse livro, porque tenho plena certeza das minhas atuais capacidades desses primeiros minutos em que estou aqui nesse computador digitando pra dizer: não dá, não dá pra escrever uma resenha acabando de ler o livro…

Mas eu adoraria avisar outros leitores desavisados, assim como eu, que não leiam esse livro. Não leiam esse livro se você não gosta de ler nada que possa interferir no seu dia, sabe aquele pensamento que fira girando na sua mente e você não sabe o porquê ele não vai embora ou como ele entrou lá? Então, é isso que acontece com o leitor de A culpa é das Estrelas.

Ah, antes que eu me esqueça, não leia esse livro se você já perdeu alguém, ou tem medo de perder. Porque as sensações e pensamentos apresentados em algumas partes desse livro são fortes e sinceras demais pra deixar pra lá quando você terminar de ler e ir tomar um belo café, ou um chá, ou ligar a tv pra assistir qualquer programa de tv que você adore, mas morre de vergonha de admitir, prefiro não descrever essas partes do livro, porque não estou no dia de fazer spoiler e isso seria quase que uma resenha, não seria?

Enfim, como última tentativa, não leiam esse livro se você prefere livros mais suaves, que depois de alguns meses você só lembra que leu quando entra na sua estante no skoob ou alguém menciona o nome e de repente a imagem da capa surge na sua memória, só a capa, mais nada.

Ah! O Markus Zusak tem toda razão, e como poderia não ter? Ele é o autor da “A Menina que Roubava Livros”…

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Harry olhou para o diretor. Dumbledore não riria – podia lhe contar…

– Ontem à noite, eu pensei que tinha sido o meu pai que tinha conjurado o meu Patrono.  Quero dizer, pensei que estava vendo ele quando me vi atravessando o lago…

– Um engano normal – disse Dumbledore gentilmente. – Imagino que já esteja cansado de ouvir dizer, mas você é extraordinariamente parecido com Tiago. Exceto nos olhos… você tem os olhos de sua mãe.

Harry sacudiu a cabeça.

– Foi burrice minha pensar que era ele – murmurou o garoto.

– Quero dizer, eu sei que ele está morto.

– Você acha que os mortos que amamos realmente nos deixam? Você acha que não nos lembramos deles ainda mais claramente em momentos de grandes dificuldade? O seu pai vive em você, Harry, e se revela mais claramente quando você precisa dele. De que outra forma você poderia produzir aquele Patrono? Pontas reapareceu ontem à noite.

Levou um momento para Harry compreender o que Dumbledore acabara de dizer.

– Ontem à noite Sirius me contou como eles se tornaram animagos – disse o diretor sorrindo. – Uma realização fantástica, e não é menos fantástico que tenham ocultado isso de mim. Então me lembrei da forma muito incomum que o seu Patrono assumiu, quando investiu contra o Sr. Malfoy na partida de quadribol contra Cornival. Sabe, Harry, de certa forma você realmente viu o seu pai ontem à noite… Você o encontrou dentro de si mesmo.

E Dumbledore saiu da sala deixando o Harry com seus pensamentos muito confusos.

Harry Potter e o Prisioneira de Azkaban J. K. Rowling

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      Alf disse a John que ele devia escolher entre ir com mamãe ou ficar com papai. Se alguém quisesse rachar uma criança ao meio, não havia melhor maneira. john aproximou-se de Alf e tomou sua mãe; então, quando Julia se virou de novo ele entrou em pânico e correu atrás dela, gritando para que esperasse e gritando ao pai para que viesse também. Mas, paralisado uma vez mais por sua autocomiseração fatalista, Alf ficou grudado na cadeira. Julia e John deixaram a casa e desapareceram entre a multidão em férias.

    Naquela noite, os bondosos pais de Billy Hall tentaram animar Alf levando-o ao pub The Cherry Tree e persuadindo-o a fazer seu número de imitação de Al Jolson para os frequentadores do bar. A canção muitíssimo adequada que ele escolheu foi “Little Pal”, um tributo a um angélico filhinho, aconchegado num quarto de criança fofo e seguro, enquanto seu pai fiel o observava com adoração. Em vez de “Little Pal”, em cada verso Alf cantava “Little John”. Lágrimas escorriam por seu rosto, mas  sempre profissional  cantou a canção até o fim, em meio a uma avalanche de palmas e assobios. Ao contrário do “amiguinho” de quem havia desistido, Alf Lennon nunca consideraria as multidões opressivas, nem o aplauso exaustivo.

                                 John Lennon: a vida – Philip Norman

 

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Duplipensar

 

 

Ele continuou a ler:

Os objetivos desses três grupos são inteiramente irreconciliáveis. O objetivo da Alta é ficar onde está. O da Média é trocar de lugar com a Alta. E o objetivo da Baixa, quando tem objetivo – pois é característica constante da Baixa viver tão esmagada pela monotonia do trabalho cotidiano que só intermitentemente tem conciênca do que exite fora de sua vida – é abolir todas as distinções e criar uma sociedade em que todos sejam iguais. Assim, por toda a história, trava-se repetidamente uma luta que é a mesma em seus traços gerais. Por longos períodos a Alta parece firme no poder, porém mais cedo ou mais tarde chega um momento em que, ou perde a fé em si própria ou sua capacidade de governar com eficiência, ou ambas. É então derrubada pela Média, que atrai a Baixa ao seu lado, fingindo lutar pela liberdade e a justiça. Assim que alcança sua meta, a Média joga a Baixa na sua velha posição servil e tranforma-se em Alta. Dentro em breve uma nova classe Média se separa dos outros grupos, de um deles ou de ambos, e a luta recomeça. Das três classes, só a Baixa nunca consegue nem êxito temporário na obtenção dos seus ideais. Seria exagero dizer que não se registra na história progresso material. Mesmo hoje, neste período de declínio, o ser humano comum é fisicamente melhor do que há alguns séculos. Mas nenhum progresso em riqueza, nenhuma suavização de maneiras, nenhuma reforma ou revolução jamais aproximou um milímetro a igualdade humana. Do ponto de vista da Baixa, nenhuma modificação histórica significou mais do que uma mudança de nome dos amos.

                                                                                                                                                                                                     1984 – George Orwell

 

 

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Esse livro do espanhol Carlos Ruiz Zafón poderia ter sido escrito na mesmo época que os grandes clássicos do séc. XIX, ele trás traços dos grandes romances, como o ar sombrio e misterioso como o Noite na Taverna do autor Álvares de Azevedo, com um incrível ambiente retratado, o qual eu sou suspeita para falar porque se trata de uma lojinha de livros raros, uma cidade bonita, mas marcada pela guerra, um cemitério de livros e uma menino dando (quase que) a vida para desvendar o mistério por trás de um livro no meio de tantos outros.

A Sombra do Vento trás a tona o ar de uma cidade em guerra, sombria e cheia de segredos. No cemitério dos livros cada coluna, cada estante, esconde uma história, livros esquecidos que aguardam sua retirada. Daniel que retirou um desses livros, que estava dentre tantos outros.

Após a leitura do livro, Daniel fascinado, procurou outros livros do mesmo autor Julian Carax, e é neste instante que a história realmente começa, ao procurar pelo autor desconhecido por todos, começa a ser perseguido e advertido por um homem de rosto desfigurado, sempre cheirando a fumaça e trazendo consigo incêndios misteriosos.

Aos poucos o menino que apenas escolheu um livro aleatoriamente começa a transformar sua vida: se apaixona por uma linda mulher cega, sobrinha de um homem que lhe ofereceu muito dinheiro pelo livro misterioso e raro, a mesma mulher o faz ter sua primeira desilusão, e sem querer, faz com que ele encontre um amigo para a vida toda, um mendigo de quem ninguém sabe a origem, mas todos acabam confiando…

Não poderia deixar de postar esse livro aqui como dica pelos seguintes fatos:

• Seria uma injustiça com todo bom leitor, privá-lo de ler um livro que demonstre um personagem que o entenderia como ninguém (muito mais do que sua própria mãe, rs): o leitor que depois de se apaixonar por um livro vai em busca de outros com uma determinação desconhecida.

• Com tantos livros tentando criar (em vão): um ar misterioso, cenas que dão aquela sensação de que se parar de ler exatamente naquela página, vai perder a melhor cena do livro que COM CERTEZA está na página seguinte, e decepcionando sempre o frágil coração do leitor, um livro que finalmente consegue esse feito, merece sem dúvida um post especial.

• A descrição do cemitério de livros feita por qualquer pessoa nunca lhe trará a exata imagem que o autor vai mostrando aos poucos, leia e você concordará comigo.

• Esse último tópico mesmo desnecessário gostaria de escrever: você deveria ler esse livro, porque nenhum bom livro, como este, deve ficar esquecido numa estante como os do cemitério dos livros…

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