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Posts Tagged ‘literatura infantil’

Instagram @fariasmonique

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Este livro está na minha longa lista de livros favoritos, e pra variar, eu nunca escrevi nada aqui sobre ele, talvez porque eu goste bastante, ou talvez porque a “inspiração” desligue assim que faço o login no wordpress… De qualquer jeito, estava mexendo no meu instagram e vi essa foto da edição que eu tenho e antes que todas as ideias disparem mais rápido da minha cabeça do que o White Rabbit para hora do chá, eu decidi escrever algo a respeito.

A edição que eu tenho é de uma coleção de clássicos da Penguin, que buscou as primeiras edições, publicando-os com os desenhos originais, como esse do Alice que traz as ilustrações originais do próprio Lewis Carroll, além de conter a biografia do autor logo no inicio.

Confesso que li a biografia que está logo no começo do livro, quando terminei de ler os dois livros, nela descobri que Alice foi escrita por Charles Lutwidge Dodgson (que usou o pseudônimo de Lewis Carroll), para um menininha de uns 4 anos chamada Alice Liddell, por quem estava apaixonado, sim apaixonado. Há inúmeros relatos nessa breve biografia relatando a paixão de Carroll por menininhas antes de entrarem na puberdade, fase esta descrita pelo matemático de Oxford como uma fase estranha, na qual as meninas perdem sua beleza… Essa parte da história do autor é muitas vezes “esquecida”, deixada de lado, levando em consideração a importância desta obra não apenas para a literatura inglesa, mas como a literatura em geral, tendo sido adotado como um importante livro para o Surrealismo.

O livro todo segue a lógica de um sonho: não seguir lógica nenhuma. Assim como um sonho, os cenários vão murdando, mesmo que por completo, de maneira sútil. Mas a principal marca de Alice, partindo do meu ponto de vista, ok? São os poemas, canções e histórias ilógicas, os quais, diga-se de passagem que eram os favoritos do John Lennon. São essas histórias surreais e poemas, que nos fazem achar que estamos no mesmo sonho que Alice, um sonho infantil, ao mesmo tempo desesperador por estar em um lugar estranho, mas uma afeição estranha por criaturas irreais, como o Cheshire Cat.

Talvez seja por isso que eu goste tanto desse livro, a possibilidade apresentada de viver num mundo só seu, onde a lógica externa não importe, onde as regras fixas e imutáveis, sejam detalhes supérfluos, onde a eternidade possa durar apenas um segundo como dito pelo Crazy Hatter.

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