Persépolis – volume completo (Marjane Satrapi)

Li este livro no final do ano passado, não sei dizer como ainda não escrevi nada sobre ele aqui ainda, mas não me parece tarde demais para fazê-lo :D.

Neste livro conheci a vida de uma iraniana diferente do que os noticiários nos mostram, ela não era como as mulheres que vemos sentadas em nossos sofás que parecem totalmente submissas e principalmente: com seus pensamentos e atitudes completamente dominados pela religião.

Não apenas a Marjane Satrapi, mas toda sua família se mostrava contra as opressões vividas, por um país que parece estar sempre em guerra, seja ela em nome de Deus ou em nome do grande Petróleo.

Marjane Strapi apresenta nessa sua autobiografia como foi sua infância em meio a guerra, estudando numa escola bilingue, aonde aprendeu o francês, mas que foi fechada já que era uma escola moderna demais, ocidental demais. Nesta escola ela viu uma pacata garotinha de sua sala perder o pai na guerra, que parecia nunca ter fim, parecia que se estenderia para sempre, levando pais, mães, tios…

Um fato que me chocou bastante nesse livro, bem o livro inteiro é chocante, mas essa parte em especial me parece ser ainda mais,  os jovens garotos era atraidos da seguinte forma para o exército: diziam para esses garotos que caso morressem irião direto para o céu, aonde jovens lindas e virgens estariam a espera de seus heróis, e ao entrar no exército recebiam um chave, como símbolo desta entrada para o céu. Ao final dos confrontos era visível os corpos mutilados ao chão com as chaves douradas penduradas ao pescoço.

Não quero contar muito sobre o livro, acredito que o interessante dele seja ir descobrindo a história de Marjane Satrapi entrelaçada com a longa e dramática história de seu país.

Este livro virou filme, mas não vou deixar a recomendação para o filme aqui porque não vi, para ser sincera tenho sempre um pé atrás para adaptações para o cinema, o livro é sempre melhor!

Um livro mais do que recomendado, um livro necessário. E para encerrar este post, uma foto da própria Marjane Satrapi

 

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