Não são muitos os livros que me provocam sensações tão fortes como este provocou.
O que gostei mais nesse livro foi como a narrativa foi construída, assim como no livro O Menino de Pijama Listrado, de John Boyne, Pequena Abelha é narrado com a inocência de uma criança, todo o horror das mortes que houve ao seu redor é narrada quase que com naturalidade, o que me assustou demais, rs.
Mas diferente do livro do John Boyne, esse livro também traz outra perspectiva, a de Sarah Summers, como gostava de ser chamada. Uma mulher inglesa, bem sucedida, com um lindo filho, o Batman para todos, e para os íntimos: Charlie. Difícil entender como a história dessas duas personagens está ligada, não?
Pois bem, Pequena Abelha, nem sempre se chamou assim, vivia em sua aldeia com sua família e muitas outras crianças ao seu redor, e sua melhor amiga e irmã mais velha Nkiruka. Mas tudo isso muda quando se descobre que embaixo da sua aldeia há petróleo, como há em inúmeras outras aldeias, e ambas tem sempre o mesmo fim: todos ou saem das terras ou morrem, no casa da aldeia de Pequena Abelha quase todos morreram, alguns conseguiam fugir, como ela e sua irmã Nkiruka.
As duas jovens de mais ou menos 14 e 16 anos, saíram correndo por dias para o sul, quando chegaram a praia avistaram um casal de britânicos andando na praia, Sara e Andrew, correram até o casal pedindo ajuda: suplicando para que as ajudassem, estavam ouvindo latidos de cães, eram homens que as mataria por terem presenciado a destruição de sua aldeia, porém Sara e Andrew não acreditaram que tal situação fosse possível, até os homens chegaram e ameaçarem as jovens.
A partir desse momento as vidas de pessoas tão diferentes se unem. Um dos homens que estava com uma ferida já cheirando mal no pescoço, diz para o casal que a vida toda o homem branco mostrou-lhe o dedo médio, então para salvar a vida das duas meninas, Andrew teria de cortar seu dedo, mas ele não foi capaz, sua mulher Sara sim, salvando então a vida de Pequena Abelha. Ambas as irmãs foram levadas. Desde ponto em diante não vou mais contar, é preciso ler para entender o porquê deste livro ser tão forte…
Não queria contar muito sobre o livro para não acabar com a surpresa, apenas para deixar com uma vontade de ler incontrolável, não sei se consegui, mas a intenção foi essa.
Um livro suuuuuper recomendado!
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Aparente Liberdade 